sexta-feira, 24 de novembro de 2006
MANÍACO
um novo dia,
mas a mesma
e velha agonia...
sinceramente,
eu gostaria,
de viver diferente,
mas é quase uma mania:
chorar,
ao invés de estar contente.
terça-feira, 21 de novembro de 2006
SARADO?
Quer quarenta centímetros de braço.
O mundo não quer sensibilidade,
Quer cento e dez centímetros de tórax.
O mundo não quer fidelidade,
Quer sessenta e cinco centímetros de coxas.
O mundo não quer amor,
Quer um abdômen “rachado”, costas largas,
Uma cintura fina e as panturilhas bem definidas.
E eu, cansado de lutar contra o mundo,
Vou me render às graças das academias,
E aos milagres do stanozolol,
Com uma dieta fanaticamente equilibrada.
Quem sabe assim o mundo me queira,
E meu cérebro, até lá, sem neurônios,
E meu coração, quem sabe, empedrado,
Não te ame mais, famigerado mundo!?
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
sábado, 11 de novembro de 2006
TE ESPERO
ama outra pessoa,
fica numa boa,
que eu te espero...
faz a tua vida,
cura tua ferida,
que eu te espero...
porque sei que no fim serás meu.
e por assim saber,
e por tanto te querer,
a cada dia mais te quero,
e te espero, amor, sem desespero.
sexta-feira, 10 de novembro de 2006
SEM TÍTULO
se você ama sem ser amado.
é como aprender uma lição
que a gente queria deixar de lado.
QUASE NADA [Zeca Baleiro e Alice Ruiz]
Pra onde vai ou porque veio
Nem mesmo sei
Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho
Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso
Um prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo
Noite alta que revele
Um passeio pela pele
Dia claro madrugada
De nós dois não sei mais nada
De você sei quase nada
Pra onde vai ou porque veio
Nem mesmo sei
Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho
Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso
Um prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo
Se tudo passa com se explica
O amor que fica nessa parada
Amor que chega sem dar aviso
Não é preciso saber mais nada
quinta-feira, 9 de novembro de 2006
onde não tocasse o sal tua cabeleira,
onde não crescessem dores por minha culpa,
onde viva o pão sem agonia.
(...)
e não foi assim o amor, senão uma cidade louca
onde as pessoas empalidecem nas sacadas."
(Pablo Neruda)
terça-feira, 7 de novembro de 2006
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
CAMINHOS
tesão a gente encontra em toda parte,
mas amor...
ah!... amor é diferente!
amor não se acha em qualquer esquina,
amor não se sente por qualquer pessoa,
amor você dá e não espera de volta
(ou até espera, mas finge que não espera)
e quando menos se espera, ele te surpreende!
mas não se iluda, não, viu?!
muitas vezes não amamos um ser,
amamos o fato de estar amando,
e sendo assim, o engano torna-se fácil,
e quanto mais fácil, mais difícil a queda
quando do despertar da ilusão.
se mesmo assim preferes tesão ao amor,
sigas teu caminho de flores suaves,
mas se quiseres amor de verdade,
venha comigo pela estrada de espinhos,
longe do fácil, longe do vazio e da vaidade.
domingo, 5 de novembro de 2006
É MÁGOA [Ana Carolina]
É mágoa
Já vou dizendo de antemão
Se eu encontrar com você
Tô com três pedras na mão
Eu só queria distância da nossa distância
Saí por aí procurando uma contramão
Acabei chegando na sua rua
Na dúvida qual era a sua janela
Lembrei que era pra cada um ficar na sua
Mas é que até a minha solidão tava na dela
Atirei uma pedra na sua janela
E logo correndo me arrependi
Foi o medo de te acertar
Mas era pra te acertar
E disso eu quase me esqueci
Atirei outra pedra na sua janela
Uma que não fez o menor ruído
Não quebrou, não rachou, não deu em nada
E eu pensei: talvez você tenha me esquecido
Eu só não consegui foi te acertar o coração
Porque eu já era o alvo de tanto que eu tinha sofrido
Aí nem precisava mais de pedra
Minha raiva quase transpassa a espessura do seu vidro
É mágoa
O que eu choro é água com sal
Se der um vento é maremoto
Se eu for embora não sou mais eu
Água de torneira não volta
E eu vou embora
Adeus
NEUROSE [ou MEA MAXIMA CULPA]
culpa de tudo e mais um pouco.
é culpa da minha falta de sanidade
dentro de um mundo cada vez mais louco.
quinta-feira, 2 de novembro de 2006
PARA QUEM AINDA VIER A ME AMAR [Roberto Freire]
Sem idéias, palavras, pensamentos.
Quero fazer que te amo só de amor.
Com sentimentos, sentidos, emoções.
Quero curtir que te amo só de amor.
Olho no olho, cara a cara, corpo a corpo.
Quero querer que te amo só de amor.
São sombras as palavras no papel.
Claro-escuros projetados pelo amor,
dos delírios e dos mistérios do prazer.
Apenas sombras as palavras no papel.
Ser-não-ser refratados pelo amor no sexo
e nos sonhos dos amantes.
Fátuas sombras as palavras no papel.
Meu amor te escrevo feito um poema
de carne, sangue, nervos e sêmen.
São versos que pulsam, gemem e fecundam.
Meu poema se encanta feito o amor dos bichos
livres às urgências dos cios
e que jogam, brincam, cantam e dançam
fazendo o amor como faço o poema.
Quero a vida às claras superfícies
onde terminam e começam meus amores.
Eu te sinto na pele, não no coração.
Quero do amor as tenras superfícies
onde a vida é lírica porque telúrica,
onde sou épico porque ébrio e lúbrico.
Quero genitais todas as nossas superfícies.
Não há limites para o prazer, meu grande amor,
mas virá sempre antes, não depois da excitação.
Meu grande amor, o infinito é um recomeço.
Não há limites para se viver um grande amor.
Mas só te amo porque me dás o gozo
e não gozo mais porque eu te amo.
Não há limites para o fim de um grande amor.
Nossa nudez, juntos, não se completa nunca,
mesmo quando se tornam quentes e congestionadas,
úmidas e latejantes todas as mucosas.
A nudez a dois não acontece nunca,
porque nos vestimos um com o corpo do outro,
para inventar deuses na solidão do nós.
Por isso a nudez, no amor, não satisfaz nunca.
Porque eu te amo, tu não precisas de mim.
Porque tu me amas, eu não preciso de ti.
No amor, jamais nos deixamos de completar.
Somos, um para o outro, deliciosamente desnecessários.
O amor é tanto, não quanto.
Amar é enquanto, portanto. Ponto.
quarta-feira, 25 de outubro de 2006
sábado, 21 de outubro de 2006
quarta-feira, 18 de outubro de 2006
LAMENTO POR SAMSARA
pela inteligência confinada involuntariamente,
pela ignorância dos que têm poder, mas não sabem utilizá-lo,
pelo desperdício do amor e por todas as privações que provém de tal desperdício,
pela alma esmagada contra a parede,
pelas respostas que querem arrancar de quem não as têm,
pelas crianças que dormem tranqüilas sem qualquer desconfiança sobre a podridão que assola cada vez mais cantos do planeta.
e se tanto lamento de nada servir,
chorarei pela inutilidade das lágrimas num mundo onde os corações de pedra triunfam sobre a beleza do sorriso.
domingo, 8 de outubro de 2006
CASTELOS DE AREIA I
a gente sabe que se construirmos castelos assim, eles desmoronarão.
mas sabe-se lá por qual motivo, a gente vai e constrói o castelo mesmo assim.
e constrói com todo o esmero do mundo.
tomamos cuidado com cada janelinha.
se uma torre não está bonita, a gente destrói e faz de novo até ficar perfeita.
cada detalhe é cuidado com toda atenção possível,
porque o castelo tem que ser lindo como nos contos de fada.
e então vem o mar, e acaba com o castelo de areia.
leva com suas ondas todo o carinho, dedicação e amor que foram dispensados à construção do castelinho.
mas é assim mesmo...
existem castelos que são de areia.
a gente sabe que se construirmos castelos assim, eles desmoronarão.
mas sabe-se lá por qual motivo, a gente vai e constrói o castelo mesmo assim,
sempre com a esperança de que um dia a maré não suba,
e o castelo fique inteirinho.
CASTELOS DE AREIA II
a areia só serve prá queimar seu pé na praia num dia quente de verão!
se você acha que areia foi feita prá construir castelos, então você é estúpido.
eu nunca vi nada que fosse de areia que durasse muito tempo!
aliás, o tempo... este é mais um inimigo.
inimigo da vida, dos sonhos, de tudo.
então pare com essa de construir sonhos feitos de mentira!
sonhos são como desertos de areia!
são cheios de nada.
então pare de sonhar.
pare de mentir prá você mesmo!
chega de ilusão, chega de areia!
os castelos tem que ser de pedra.
mas até aí, você descobrir o que é pedra leva tempo...
eu não sei nada de pedra, por isso escrevi essa poesia.
até agora eu só descobri que areia é suja, é pura ilusão,
e que o tempo não pára e não ajuda.
se você só sabe construir castelos com areia,
então pare de construir e comece a destruir!
sim! meta o pé em todo esse monte de mentiras.
não tenha pena de você mesmo.
auto-piedade só ocupa o espaço do ar nos seus pulmões.
não construa castelos que façam sofrer.
porque o castelo se vai com a areia, mas o sofrimento fica.
o tempo não apaga nada.
apenas viva.
viva apenas, a duras penas.
aceite as duras penas.
CASTELOS DE AREIA III
expectativa tecida,
mundo fantástico,
tudo de uma só vez.
castelo de areia destruído,
expectaviva falhada,
mundo real,
um dia de cada vez.
não sei o que quero.
sei o que não quero?
sexta-feira, 6 de outubro de 2006
FUCKING FRIDAY!
que eu tento tapar com migalhas de amor?
palavras cheias de falsa esperança
e um sorriso minuciosamente estudado
tentam disfarçar minha tristeza,
falseando uma felicidade quase plástica,
mas meus olhos mareados me delatam.
até nisso sou inútil!...
por mais que eu corra, eu não te alcanço...
talvez porque você ainda nem exista,
ou talvez por causa da minha asma...
terça-feira, 3 de outubro de 2006
HAPPY DAY
saltei da cama disposto como há muito não me sentia,
escancarei a janela do quarto e me surpreendi...
o sol sorria para mim!
já era hora...
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
segunda-feira, 18 de setembro de 2006
VIDA FÁCIL
é só respirar...
a parte complicada é fazer todas as outras coisas
que vêm em conseqüência de se estar respirando.
segunda-feira, 11 de setembro de 2006
MUNDO CRUEL
o que há do outro lado?
às vezes, existe a curiosidade...
muitas vezes, sabemos que pode haver algo bom...
mas o medo não nos permite ir além,
não nos deixa sequer espiar do outro lado,
quanto mais pular o muro.
e se atrás desse muro estiver a felicidade?
de que tamanho seria nosso arrependimento?
imagine se após nossa partida,
esse muro se desfizesse
e nos revelasse o que havia do outro lado.
imagine, então, que do outro lado
víssemos todas as pessoas que nos quiseram bem,
aquelas que queriam nos mostrar um outro mundo,
e que não tiveram a chance de nos apresentar,
à sua maneira, a felicidade.
sim! porque a felicidade tem várias maneiras!
ela se apresenta em sua vida em pessoas,
em objetos, em músicas, em flores,
em dias, em fotos, em nuvens, em cores.
o grande problema é que as pessoas
não sabem aproveitar a felicidade em pedaços.
elas querem-na inteirinha e de uma só vez!
desta forma, não há como ser feliz...
as pessoas não pulam o muro,
porque é mais fácil
esperar da vida a felicidade,
recusando-a hora após hora
e culpar o mundo por ser injusto,
do que aceitá-la em prestações,
sem saber se no final
nossas expectativas serão supridas.
dessa forma, não há arrependimento algum.
quinta-feira, 7 de setembro de 2006
INVERSÃO
secas que não saem de dentro
de mim. ao contrário,
elas se acumulam e fervem,
tomando todo o meu corpo.
sou uma fonte de lágrimas
que não transbordam, não
fluem, não secam, uma fonte
enguiçada, que finge adormecer
tranqüila... sou a mentira da vida!
tenho aceitado o que me dão,
e não encontro forças para dizer “não”.
não corro atrás do que me falta.
não durmo, nem acordo.
não mato e não morro.
estagnação ou resignação?
não sei...
mas é uma dor quase ausente,
tão sutil que, às vezes, a gente nem nota,
não tem certeza se sente,
mas está lá, presente
como uma oculta e traiçoeira serpente,
que em seu ardil espera a hora do bote,
um momento ideal:
como aquele em que se está cansado, descalço,
sentado embaixo de uma frondosa árvore
em busca de um pouco de paz e repouso.
é sobre a dor do veneno que me refiro.
não sou, exatamente, uma fonte de lágrimas,
estou mais para serpente.
temo ser eu o veneno!...
sexta-feira, 1 de setembro de 2006
ÂNSIA
mas não de um amor qualquer...
será um amor desses, de chorar ao dizer “eu te amo!”,
desses, de sofrer de imaginar a separação.
desses, loucos e apaixonados,
desses, de só no olhar, entender tudo.
desses, de ter certeza de estar amando,
desses, de ser amado de volta.
sem disfarces, sem rodeios,
desses, que existem iniludívelmente...
domingo, 20 de agosto de 2006
SOBRE A PROCURA
por um amor que é mais feliz do que triste
e por palavras sem significado.
eu procuro sempre no lugar errado...
sábado, 19 de agosto de 2006
A CANÇÃO MAIS DIFÍCIL
necessito de tempo para acreditar em mim de novo.
peço à Deus que me ajude...
tentei cantar a alegria,
mas ainda desafino demais...
creio que ainda não esteja pronto,
ou talvez esteja cantando a canção errada.
seria possível cantar, por engano, a tristeza?
se é por desafinação ou por desconhecimento da melodia,
realmente não importa,
pois ambos são motivos suficientes para atestar minha inexperiência.
justificativas não faltam para que eu me recolha.
um dia, cantarei com propriedade.
será quando cantarei a felicidade e um amor de verdade.
é a canção mais difícil... mesmo sendo a mais curta.
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
SHIT HAPPENS
não há o que negar.
pode ter sido menos do que parece,
pode ter sido bobagem...
mas bobagem para quem?
não foi para mim.
palavras têm significado,
e isso deveria nos motivar
a pensar duas vezes antes
de dizê-las ou escrevê-las para alguém.
o que foi dito ou escrito
pode ficar no passado,
ou ser apagado do papel,
mas jamais será apagado da memória.
será melhor viver de novo com esse fantasma?
você suportaria essa desconfiança a lhe assolar novamente?
"shit happens"
mas a gente sempre aprende algo novo com isso, não?
hora de pensar sobre o que aconteceu...
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
...
e tão escassas as respostas que obtenho através de meus devaneios,
que não consigo compreender o porquê de minhas vãs e insistentes tentativas
de encontrar uma verdade absoluta para cada coisa existente.
sexta-feira, 4 de agosto de 2006
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
EM SEU DEVIDO LUGAR
que a vida nos dá um soco bem no meio do rosto,
e quando nos vê no chão, ela abaixa e nos sussura no ouvido: "arrogante..."
então, nos pega pela orelha e nos coloca no final da fila,
para que nós entendamos que quando o assunto é viver
ainda temos muito que aprender: "insolente..."
segunda-feira, 31 de julho de 2006
ENGANADOR DE FADAS
uma pequenina fada ganha asas
por causa da beleza desse sublime momento.
teu riso engana as fadas...
é preciso dar tempo à vida para que ela nos mostre o que realmente precisa ser visto. não é tarefa fácil. é um exercício de paciência bem complicado. mas se é assim que funciona, a gente se submete, né? e é melhor nem reclamar muito agora para não se arrepender das besteiras ditas lá no final da aula!
sexta-feira, 28 de julho de 2006
quinta-feira, 27 de julho de 2006
ESTRELAS [Oswaldo Montenegro]
que a emana das estrelas,
Pela falta que nos faz
a nossa própria luz a nos orientar.
Doido corpo que se move,
é a solidão dos bares que a gente freqüenta,
pela mágica do dia,
que independeria da gente pensar.
Não me fale do teu medo.
Ah, eu conheço inteira sua fantasia.
E é como se fosse pouca,
e a nossa alegria não fosse bastar.
Quando eu não estiver por perto,
canta aquela música que a gente ria.
É tudo o que eu cantaria
e quando eu for embora, você cantará...
quarta-feira, 26 de julho de 2006
terça-feira, 25 de julho de 2006
LUCROS DA ESPERANÇA
Não reténs a afeição que sonhaste.
Perdeste provisoriamente as tuas possibilidades de promoção.
A pessoa, cuja companhia mais desejavas, desapareceu de teus olhos.
Não te revoltes.
Espera e serve.
O tempo te falará como tudo isso te fez feliz.
NO TRABALHO
"todo dia é um NOVO dia!"
se cada dia é tão novo assim,
prá que tanta monotonia?
quarta-feira, 19 de julho de 2006
ME BEIJE [por Thelma Kjaer]
Me cheire, me queixe, me bata,
Me ouça, me fale, me cale,
Me conceda, me contraia,
Me combata, me basta,
Me guie, me tire, me traga,
Me julgue, me culpe, me traia,
Me deixe...
Me veja, me sinta, me apalpe,
Me toque, me ignore, me caia,
Me cubra, me lave, me vista,
Me ame, me odeie, me venere,
Me deteste...
Me use, me sugue, me puxe,
Me enfrente, me atrapalhe,
Me esculache...
Me cure, me queime, me agüente,
Me ame, me chame, me ame,
Me coma...
Me coma...
Me coma!
terça-feira, 18 de julho de 2006
terça-feira, 4 de julho de 2006
UTILIDADE PÚBLICA
Cientistas da Universidade de Munique publicaram um estudo em junho de 2004 informando que o planeta Terra poderia sofrer uma mudança em sua trajetória celeste caso acontecesse um grande deslocamento simultâneo de pessoas.
O Projeto World Jump Day se baseia numa idéia realmente feliz: se 600 milhões de pessoas no Ocidente pularem ao mesmo tempo no dia 20 de julho de 2006, mais precisamente às 08:39:13 (horário de brasília), a Terra sairá do eixo, passando a fazer um percurso maior em torno do sol. Assim, o problema do efeito estufa estaria resolvido, os dias seriam mais longos, sem falar do clima mais homogêneo.
Para tal manobra, os entusiastas devem seguir o seguinte croqui:
1. Entrar no site oficial e verificar qual a hora exata que os habitantes de sua cidade devem pular.
2. Verificar se sua cidade não adotará horário de verão nesta época.
3. Mobilizar as pessoas e conscientizar os próximos sobre a importância do Jump Day.
4. Encontrar uma superfície dura (asfalto betuminoso, concreto) para maior amplitude do salto.
http://www.worldjumpday.org/
segunda-feira, 3 de julho de 2006
PALAVRAS TRISTES DE UM POETA APAIXONADO
quando tudo parecia estar bem,
um aperto bem lá no fundo...
ninguém sabe,
ninguém explica,
vertem as lágrimas...
como os pingos de uma vela que chora,
derramo minha tristeza no papel
e lamento através de minhas mãos.
assim não preocupo ninguém.
apenas minhas tolas inseguranças.
e é assim que deve ser:
poeta não fala;
poeta escreve.
HARD TASK
requer prática,
habilidades específicas
ou experiência anterior.
ninguém disse
que seria fácil
a tarefa de
me amar,
amor!
no entanto,
não tenho bula,
não possuo receita
ou manual de instrução.
terás que tentar a sorte,
até aprender
a prender
meu coração,
coração!
quinta-feira, 29 de junho de 2006
terça-feira, 27 de junho de 2006
DESNUDO
mais fogo, mais vida e mais pêlos.
queria ter mais cultura,
mais irmãos, mais filhos e mais cabelos.
queria um dia de folga,
uma praia e o sol bem quente.
queria não sentir fome,
não sentir frio, calor e nem dor de dente.
queria que você viesse,
que ficasse, me beijasse e casasse comigo.
queria que o mundo acabasse,
e sobrasse só você e eu num abrigo.
SEM PRECEDENTES
ficamos ainda mais atrelados
um vínculo inexplicável
entre um beijo e outro
ficamos ainda mais apaixonados
um sentimento incrível
entre uma transa e outra
ficamos ainda mais safados
um tesão incontrolável
entre um dia e outro
ficamos ainda mais saudosos
um amor inigualável
sexta-feira, 23 de junho de 2006
quinta-feira, 15 de junho de 2006
FLUÍDICO
sentindo-te
pulsando-me
doendo-te
querendo-te
amando-te
gozando-me
gozando-te
unidos
pêlos
fluídos
segunda-feira, 12 de junho de 2006
ALQUIMIA
seja a mistura ideal.
que nossos pensamentos combinados
sejam nosso norte, nossa nau.
que meu coração junto ao teu
resista a todo e qualquer vendaval
para que possamos nos amar
hoje, amanhã e sempre, e tanto,
um amor acima do bem e do mal.
domingo, 11 de junho de 2006
FOREVER
I dreamed about you
now you're here
I don't dream anymore
I live you
I breath you
we're part of each other
forever
even if forever doesn't exist
quinta-feira, 8 de junho de 2006
CARMA
faço isso para que nunca te esqueças de mim,
mesmo que estejamos longe,
mesmo que sigamos diferentes caminhos.
serei a lembrança que te segue pela vida.
serei o bálsamo que te cura,
serei, também, tua eterna ferida.
a marca que em ti estou deixando
jamais poderá ser apagada
e é apenas reflexo da marca que deixaste em mim.
eu nunca me esquecerei de ti,
mesmo que estejamos longe,
mesmo que sigamos diferentes caminhos.
serás a lembrança que me seguirá pela vida.
serás o bálsamo que me curará,
serás, também, minha eterna ferida...
MAJESTADES
me olhaste bem fundo e eu te beijei.
sorriste para mim e eu me apaixonei.
pediste meu coração e eu te dei.
agora o que virá não sei...
só sei que serei o teu príncipe
e que tu serás o meu rei.
quarta-feira, 7 de junho de 2006
A EXPECTATIVA
só a tua imagem,
tua voz suave,
uma miragem,
e a vontade de te ver
e de te ter
o mais rápido possível.
preciso ter calma,
mas não consigo evitar.
é o desejo da minh’alma
que preciso enganar.
agüento só mais um pouco
antes de ficar louco.
amanhã...
terça-feira, 6 de junho de 2006
C'EST LA VIE [Ato VII]
ele disse: "we maybe are soulmates..."
a vida prega peças!...
às vezes, boas peças!!!
sábado, 3 de junho de 2006
GIVE ME LOVE [Marisa Monte]
Give me love
Give me peace on Earth
Give me light
Give me life
Keep me free from burden
Give me hope
Help me cope
With this heavy load
Trying to touch you and reach you
With heart and soul
My love
Please take hold of my hand
That I might understand you
Won't you please
segunda-feira, 29 de maio de 2006
domingo, 28 de maio de 2006
VIDA
as lágrimas brotaram do espelho da alma.
amar traz muita dor,
mas não fazê-lo é como assinar sentença de morte,
porque a vida é puro amor.
então amei...
amar me fez sofrer,
mas também me fez sorrir.
dos sorrisos, arranquei forças
e enfrentei os desafios de uma vida repleta de milagres,
repleta de tristezas...
é incrível!
com o passar do tempo o coração se fortalece,
e as flores que outrora morriam, novamente florecem.
e começa tudo outra vez...
estou vivo.
sábado, 27 de maio de 2006
ARREPENDIMENTO
eu durmo mas não descanso.
eu descanso mas não me recupero.
eu me recupero mas não te alcanço.
eu te peço mas não é o que eu quero.
eu te quero mas depois desisto.
eu desisto e depois me arrependo.
eu me arrependo...
eu me arrependo...
... e vou vivendo!
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro..."
(trecho do texto "Almas Perfumadas",
de Ana Cláudia Saldanha Jácomo.)
quarta-feira, 17 de maio de 2006
CANÇÃO MÍNIMA [Cecília Meirelles]
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta.
terça-feira, 16 de maio de 2006
segunda-feira, 15 de maio de 2006
NOWADAYS
mente confusa,
coração inacessível.
foda incansável,
imaginação que abusa,
amor impossível.
sexta-feira, 12 de maio de 2006
... que merda!!
terça-feira, 9 de maio de 2006
KEEP WALKING
segunda-feira, 8 de maio de 2006
PENSAMENTOS QUE SÓ FAZEM SENTIDO PARA MIM [Parte I]
domingo, 7 de maio de 2006
(Rubem Braga)
quinta-feira, 4 de maio de 2006
A CANÇÃO TOCOU NA HORA ERRADA... [Ana Carolina]
e eu que pensei que sabia tudo
mas se é você eu não sei nada,
quando ouvi a canção, era madrugada
eu vi você, até senti tua mão
e achei até que me caia bem como uma luva
mas veio a chuva e ficou tudo tão desigual
a canção tocou no rádio agora,
mas você não pôde ouvir por causa do temporal
mas guardei tuas cartas com letras de fôrma
mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
a canção tocou na hora errada,
mas não tem nada não,
eu até lembrei das rosas que dão no inverno
mas guardei tuas cartas com letras de fôrma
mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
UM DIA, VOCÊ...
e se hoje existem incontáveis estrelas lá,
nesse dia, será impossível olhá-lo,
tão forte será o brilho de outras infinitas estrelas que surgirão.
um dia, meu amor inundará os mares,
e as águas que hoje são claras ou mesmo as não tão claras assim
nesse dia, serão como gotas de paraíso transbordando praia adentro,
enchendo as areias de doce melodia.
um dia, você estará em minha vida
e o mundo que já é tão bonito tornar-se-á ainda mais belo,
e de tão belo, todas as pessoas ficarão extasiadas,
esquecerão seus problemas por alguns segundos e nos olharão,
porque não haverá em nenhum lugar do universo
duas pessoas mais plenas do que nós.
nesse dia, o que outrora parecia impossível parecerá fácil
e todos os corações se encherão de genuína esperança...
esperança de um dia cortar o céu de felicidade
e inundar os mares de amor.
C'EST LA VIE [Ato VI]
ele respondeu: "não é para mim que você tem que pedir desculpas."
acho que fiquei confuso nesse momento...
terça-feira, 2 de maio de 2006
sexta-feira, 28 de abril de 2006
C'EST LA VIE [Ato V]
- eu quero ser o Super-Homem!
- eu quero ser o Homem de Gelo!
- e você, Fabricio?
- hmmm... eu quero ser a Mulher Maravilha...
é de pequenino que se torce o pepino! rs...
C‘EST LA VIE [Ato IV]
eu respondi: "obrigado, lindo!"
eu pensei: "... e eu ainda nem fiz nada..."
tem algo errado nessa história!...
preciso descobrir urgente!!
terça-feira, 25 de abril de 2006
quarta-feira, 19 de abril de 2006
POEMA ERRADO
no meio do dedo um espinho,
um calafrio de ponta a ponta,
uma vontade de chorar que toma conta
e minh'alma arrebenta.
pensamentos em puro devaneio,
meu corpo partindo-se ao meio,
uma tentativa falhada,
novamente uma paixão frustrada,
por conta de outra escolha errada.
a vitória deixou seus pés perdidos.
Sou um pobre homem disposto a amar seus semelhantes.
Não sei quem és. Te amo. Não dou, não vendo espinhos.
sangrentas, que combati o engano,
e que em verdade enchi a preamar de minha alma.
Eu paguei a vileza com pombas.
fui, sou, serei. E em nome
de meu mutante amor proclamo a pureza.
Te amo, beijo em tua boca a alegria.
Tragamos lenha. Faremos fogo na montanha.
DOR DE AMOR
medos, que como moribundos
teimam em me atormentar.
a felicidade sempre passa por mim
me acorda, se mostra, e no fim
ameaça, por nada, me deixar.
nessas horas a angústia, minha amiga,
desenterra qualquer coisa muito antiga
e me traz a dor de relembrar
de amores que nunca tem final
porque o medo no estado terminal
não deixa o que é novo começar.
sem fim por não ter simples começo
de minha triste história me compadeço
e vivo um viver de chorar.
quem sabe um dia todo esse monte de dor
ceda lugar para um destemido amor
que me faça, de novo, na vida acreditar.
domingo, 16 de abril de 2006
ANTES
toda a podridão,
lave minh’alma
com tuas lágrimas
e me devolva à vida.
aceite o meu mundo
e durma ao meu lado.
seja minha droga,
meu castigo,
minha sina,
meu pecado.
brinque com meus sentidos,
tire-me do sério.
assopre minhas costas,
beije meu pescoço
e, depois, goze comigo.
mas antes...
arranque do meu âmago
toda a podridão,
lave minh’alma
com tuas lágrimas
e me devolva à vida.
CUIDADO!
fecho os olhos,
e prá não chorar,
finjo que morri um pouco.
a desilusão, em lágrimas, tenta se esvair,
mas eu travo,
não deixo o rio correr,
como que querendo guardar o sofrer
para lembrar de tomar mais cuidado:
com o próximo passeio noturno,
com a próxima garrafa de vinho,
com o próximo sorriso malandro,
com a próxima curva do caminho.
sábado, 15 de abril de 2006
C'EST LA VIE [Ato III]
ele respondeu: "ah... é tudo novo demais prá mim, entende?"
eu disse: "entendo..."
e pensei: "... mas não sei exatamente se compreendo."
será que minha intuição acertou de novo?
quinta-feira, 13 de abril de 2006
quarta-feira, 12 de abril de 2006
HOMEWORK
2) Descubra o real significado da entrega.
3) Aprenda que é bom estar consigo mesmo, e que melhor ainda é saber cuidar de si próprio, sentindo-se pleno, sem necessitar de outrem para tanto.
(espero não repetir de ano de novo...!
não agüento mais fazer sempre as mesmas matérias na escola da vida.)
terça-feira, 11 de abril de 2006
SOLIDÃO
meu peito estaria despedaçado.
essa angústia me arruína
como um furacão em seu auge de fúria.
não é nada fácil estar sozinho...
a dor nunca acaba...
preciso de um limpador para almas enegrecidas
e um colírio para meus olhos vermelhos de chorar.
preciso de alguém que me ame,
que me aceite com todos meus limites,
e que apesar de todos meus defeitos,
diga-me “eu te amo” como jamais antes ouvi.
preciso que a solidão fique cega
e que nunca mais encontre o caminho para meu quarto.
quero voltar à vida,
porque sem amor e sem amar,
sinto-me trancado num caixão apertado.
domingo, 9 de abril de 2006
AUTO-FLAGELAÇÃO
não sei o que se passa comigo:
pela manhã, acordo só,
penso em você,
choro por dentro,
sorrio por fora
e lhe espero o dia inteiro...
mas você não vem.
então, quando a noite cai,
me entristeço
e, chorando, adormeço
querendo sonhar contigo...
pela manhã, acordo só,
penso em você,
choro por dentro,
sorrio por fora
e lhe espero...
C'EST LA VIE [Ato II]
eu respondi: "não! claro que não..."
e pensei em seguida: "só há 'break ups' para relacionamentos! não é esse, exatamente o nosso caso..."
qual será o segredo para não magoar pessoas?
talvez seja falar o que se pensa...
sábado, 8 de abril de 2006
HOME [Zero 7]
Searching the neon lights
I move carefully
Sink in the city aquarium
Sing in the key of night
As they're watching me
Take me somewhere we can be alone
Make me somewhere I can call a home
'Cause lately I've been losing on my own
Wrapped in silent elegance
Beautifully broken down
As illusions burst
Too late to learn from experience
Too late to wonder how
To finish first
Take me somewhere we can be alone
Make me somewhere I can call a home
'Cause lately I've been losing on my own
Take me somewhere we can be alone
Make me somewhere I can call a home
Won't you take me home
Won't you take me home
'Cause lately I've been losing on my own
Won't you take me home
sexta-feira, 7 de abril de 2006
TENTATIVA No. 7.428
tentativa e erro!
tentativa e erro!
tentativa e... acerto?!
... e recusa??
(da minha parte)
o que há de errado comigo?
depois reclamo que não tenho sorte no amor...
(eu devo ser mesmo muito excêntrico!)
EU JURO QUE EU TENTEI NÃO CHORAR...
parando de fumar,
com dor na garganta,
com dores nas costas e de cabeça,
resfriado,
pressão no trabalho,
falta de grana,
(mesmo tendo uma quantia boa prá receber)
falta de amor,
(mesmo com gente me oferendo o coração)
e daí acumulam outras coisas:
a falta do colo dos pais que estão no interior,
a falta de um roommate que seja menos grosseiro,
a falta de um beijo de boa noite daquela pessoa,
a falta de um jantar que não seja feito por mim,
a falta de um telefonema apaixonado,
a falta de um coração que se deixe apaixonar,
a falta de mim mesmo...
aos poucos,
e cada vez mais
e sempre,
me perco de mim...
quinta-feira, 6 de abril de 2006
MORE THAN THIS [Roxy Music]
There was no way of knowing
Fallen leaves in the night
Who can say where they´re blowing
As free as the wind
And hopefully learning
Why the sea on the tide
Has no way of turning
More than this - there is nothing
More than this - tell me one thing
More than this - there is nothing
It was fun for a while
There was no way of knowing
Like dream in the night
Who can say where we´re going
No care in the world
Maybe i´m learning
Why the sea on the tide
Has no way of turning
More than this - there is nothing
More than this - tell me one thing
More than this - there is nothing
terça-feira, 4 de abril de 2006
C'EST LA VIE... [Ato I]
ele disse: "bonito você! seu rosto, sua voz..."
eu pensei: "que bom! vai dar jogo!"
ele disse: "eu já te disse que tenho namorado?"
odeio quando a vida prega peças!...
STARS COUNTER
quero olhar para os olhos teus,
quero neles encontrar brilho,
quero neles extasiar-me e perder-me!
cansei de contar estrelas!
quero contar para as pessoas o quanto lhe amo,
quero lhe exibir para cada ser vivente,
quero mostrar ao mundo a razão do meu afeto...
silêncio! é noite...
uma, duas, três, quatro...
( )
tristeza,
melancolia...
dias insignificantes,
noites angustiantes,
e um aperto no peito,
que lembra um cinto de couro apertado estrangulando o coração.
futuro incerto...
dúvidas freqüentes e recorrentes
e nenhuma explicação coerente sobre o que está acontecendo.
não há respostas na Terra,
nem vindas do Céu...
não há o consolo de um ombro para conter as lágrimas,
não há o aconchego de um abraço para acalmar a mente,
não há o calor de um colo para confortar a alma.
há apenas um silêncio vazio por dentro,
ensurdecendo cada neurônio
e entorpecendo cada grama do corpo...
abra a janela!
ar...
domingo, 2 de abril de 2006
DESEMBUCHA
lamente a vida...
mas diga logo o que precisa ser dito!
ninguém é obrigado a ficar na dúvida.
BOLO INGLÊS
esperar é desumano!...
se for inglês, então!... é desaforo!
sim, porque inglês não atrasa e não atura atraso...
mas dá bolo...!!
bolo inglês!
sábado, 1 de abril de 2006
na verdade, a dor é bem num nervo no final da coluna,
talvez seja o ciático,
mas não tenho certeza...
isso de doer o nervo ciático não é coisa de velho?
acho que ando me preocupando muito com isso:
idade...
tudo é motivo prá eu achar que estou envelhecendo!
esse deve ser outro sintoma de quem realmente está...
aí!... eu não disse!... só penso nisso!...
oras! vou tomar um "naprosyn" porque essa dor nas costas tá me matando...!
PRECOCIDADE?
(frase dita por um garoto de aproximadamente 14 anos de idade, durante o jantar.)
será eu que tô ficando velho e antiquado?
sexta-feira, 31 de março de 2006
COME TO ME [Björk]
I'll take care of you
protect you
calm, calm down
You're exhausted
come lay down
you don't have to explain
I understand
You know: that I adore you
you know: that I love you
so don't make me say it
it would burst the bubble
break the charm
Jump off
your building is on fire
I'll catch you : I'll catch you
destroy all that is keeping you down
and then I'll nurse you : I'll nurse you
You know : that I adore you
you know : that I love you
so don't make me say it
it would burst the bubble
break the charm
quinta-feira, 30 de março de 2006
terça-feira, 28 de março de 2006
LEI DO ENGANO
segunda-feira, 20 de março de 2006
quarta-feira, 8 de março de 2006
daí eu fecho os olhos, fazendo força para ficar invisível, igual quando eu era criança... mas não funciona... inferno!
quem dera eu fosse podre de rico para me dar o luxo de "entrar em depressão", ou parar de trabalhar por "estafa mental", ou viajar pela europa por precisar "me encontrar".
coisa de quem tem grana...
não é prá mim.
ainda...
PORQUE SIM
e não tem que ter choro,
nem vela...
então, por que não consigo parar de chorar?
porque sou assim,
porque sim.
segunda-feira, 6 de março de 2006
domingo, 5 de março de 2006
HOMEM
como nunca antes senti-me.
não dá para explicar,
mas vou tentar:
é como poder ver o rastro que uma singela flor deixa no ar ao cair num lago brilhante...
é como se o som dessa flor ao cair n’água fosse muito mais perceptível aos ouvidos...
é como se pudéssemos sorver o sabor que a água tomou pelo contato da corola delicada da flor no lago...
é como compreender, através da pele, as ondas que se formaram quando a flor se entregou em queda suave à superfície gélida e clara dessa mesma água...
é como se pudéssemos sentir o cheiro da flor solitária bailando sobre o lago espelhado, enchendo o ar de fragrância nova em pétalas...
você desperta todos os meus sentidos de maneira sutil e intensa!
e é assim que sinto-me homem ao teu lado,
como uma flor entregando-se às águas serenas de um lindo lago.
por que certos pensamentos só aparecem no meio da madrugada de um sábado quando se está sozinho em casa?
é uma pergunta que estou tentando responder, mas não consigo...
não consigo responder a essa e a outras tantas dezenas de perguntas que "pipocam" em minha mente funcionando a todo vapor enquanto, na verdade, tudo o que eu gostaria é de estar dormindo ao invés de estar aqui, na frente do computador, desabafando!
às vezes, achamos que nossa vida não é boa o suficiente... mas eu fico me perguntando: será que a vida não é boa o bastante ou será que nós é que somos exigentes demais com a vida? será que criamos expectativas irreais sobre tudo (profissões, relacionamentos, etc)? e se for esta (criação de expectativas irreais) a razão dos nossos problemas, o que nos tornou dessa maneira?
se você que está lendo isso achou que agora eu sequer me atreveria a dar as respostas nos parágrafos seguintes, se enganou redondamente. eu não faço a menor idéia de como essas questões se resolverão...
por enquanto, irei prá cama tentar dormir um pouco. mas amanhã continuarei pensando sobre tudo. quem sabe as respostas, assim como aconteceu com as perguntas, não "pipoquem" em plena tarde de domingo em minha mente?...
=)
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006
À VÁCUO
exausto...
e ainda está longe o pôr-do-sol.
minha mente está lenta,
meu corpo dói
e meu coração está em frangalhos.
aaaaaaah!!...
não estou preparado para nada agora!
não tenho bom-humor,
não tenho sorriso estampado no rosto,
não tenho a roupa certa
e nem atitudes positivas...
estou lacrado
como uma dessas embalagens de café à vacuo.
não consigo sequer olhar para o lado.
só olho para dentro de mim...
sei que há algo errado,
só preciso encontrar!
(como se fosse fácil assim...)
VENENO FAVORITO
fé manca,
olhos perdidos no espaço,
mente confusa,
coração falhado...
na selva de concreto,
a ansiedade grita
e o ouvido dói.
escolho o acariciar da mão fria da morte em meus lábios
e sopro uma fumaça de cores mortas no vazio na noite
eu tento,
mas não consigo te negar:
10mg de alcatrão,
0,8mg de nicotina,
10mg de monóxido de carbono
e mais de 4700 substâncias tóxicas resumidas num gosto amargo
de quem sabe que morre a cada tragada
e se engana que está tudo bem.
um dia eu paro...
A ROSA
então, não aproxime-se de mim.
pois hoje, sou como uma rosa:
linda, inocente e inofensiva à primeira vista,
mas cheia de espinhos prontos para sangrar
o desavisado que ousar tentar colher-me.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006
LEMBRANÇA
tem flor que desabrocha quando nem é primavera,
tem amor que se acaba...
tem olhar que se apaga...
tem coração que esfria...
tem cama que fica vazia...
e quando amanhece, um dia,
da flor que antes vivia
a gente nem lembra.
já era...
terça-feira, 14 de fevereiro de 2006
PASSADO
e ela cantou...
depois disso guardei-a na caixa
e lá ela ficou...
e eu chorei...
e enquanto chorava, procurava tua regata camuflada...
demorou...
mas achei.
as lágrimas embaçam a visão
e tornam tudo mais sofrido,
eu sei...
separei tuas fitas,
separei nossas vidas,
e enquanto o fazia, meu pranto aumentava
eu quase não conseguia falar...
mas falei...
tudo o que sentia...
e de tão triste que fiquei,
você ainda me deu ombro
e acariciou minha cabeça...
você fingiu que era forte
mas você eu conhecia...
desabou pouco depois,
longe dos meus olhos,
era o que melhor fazia,
o meu antigo amor,
eu sabia...
hoje, sinto a tua falta...
não entendo como,
nem entendo o porquê,
mas entendo que tua presença
por mais que eu a achasse vazia,
me preenchia...
e quanto mais disso eu entendo,
mais vontade de chorar eu tenho,
porque contigo, agora sei,
eu sobreviveria...
terça-feira, 7 de fevereiro de 2006
FALTA DE AR
entre palavras ainda não proferidas, a procura.
ando por ruas enfestadas de seres humanos
são sempre as mesmas ruas...
mas nenhuma visão de alguém que valha a pena!
não haveria coração disparado
não fossem meus passos curtos e rápidos.
não há ninguém
mas há falta de ar
a mesma que eu sentiria se encontrasse o tal eleito
que nunca se candidata...
a natureza foi, de certo ponto, caprichosa demais comigo:
deu-me um coração sedento por paixões
mas, em contrapartida, me colocou num mundo repleto de hipocrisia,
onde os valores morais se deturpam,
a medida em que sigo com meus curtos e rápidos passos
juntamente a minha falta de ar...
madrasta má-natureza!...
ensina-me logo o que devo aprender com tudo isso!
preciso somente uma vez respirar aliviado...
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006
quinta-feira, 26 de janeiro de 2006
LINHAS MUDAS
gritos cuja sonoridade ausente
são insuportáveis e ensurdecedores.
idéias aos berros
adentrando o crânio
coisas que jamais seriam pensadas por ser humano qualquer
o lado horrendo de estar sozinho
o pensar descontrolado
somado a idéias absurdas e aterradoras
um chiado irritante de quase nada
e o coração palpitando enlouquecido
se pergunta
por que?
para que?
como?
onde?
e para quem?
quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
E FOI (RE)FEITA A LUZ...
quem já viu uma vez, vai ver de novo...
quem nunca viu, é uma grande chance de conhecer...
loucuras, devaneios, pensamentos obtusos de um ser que dia-a-dia se descobre e se encobre, tentando desvendar o por quê de ser e de estar neste lugar chamado Terra.
bjus!