quinta-feira, 30 de março de 2006

Eu reclamo de que não tenho grana...
Fico puto...
Depois me sinto culpado de lembrar que tem gente com muito menos que eu. Pessoas sem dinheiro para morar, para comer, para tomar um chopp com os amigos de vez em quando...
Eu reclamo que estou fora de forma...
Fico puto...
E novamente a culpa vem quando lembro que tenho um corpo perfeito, com todos os membros em ordem, todas as articulações em dia, os músculos idem, enquanto tem tanta gente passando perrengue por aí por não possuir tal perfeição...
Eu reclamo que não tenho um amor...
Fico puto...
E aí não tem mesmo o que fazer, afinal de contas, sem grana e fora de forma, eu não vou arranjar ninguém mesmo tão cedo!...
Por isso continuo reclamando!
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Na verdade, abro aqui um parênteses.
Se eu estou sem amor é porque eu quero!
Até tem gente afim... sou eu que não estou querendo...
Mas aí eu me pergunto: será que é mesmo porque eu quero?
Não... Ninguém quer não amar!
A gente não manda no coração...
Ele tem vida própria! É ele quem resolve quando bater mais rápido e mais forte...
A culpa não é minha, não sou eu quem quer.
É o dito cujo que tá de portas fechadas...
Pobre de mim...
Não vejo a hora dele ficar de bem com o mundo de novo!

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