quinta-feira, 21 de setembro de 2006

"O sexo é o consolo que a gente tem
quando o amor não nos alcança."

(Gabriel Garcia Marquez)

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

VIDA FÁCIL

viver é a coisa mais fácil do mundo!
é só respirar...
a parte complicada é fazer todas as outras coisas
que vêm em conseqüência de se estar respirando.

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

MUNDO CRUEL

o que acontece quando um muro separa tudo?
o que há do outro lado?
às vezes, existe a curiosidade...
muitas vezes, sabemos que pode haver algo bom...
mas o medo não nos permite ir além,
não nos deixa sequer espiar do outro lado,
quanto mais pular o muro.
e se atrás desse muro estiver a felicidade?
de que tamanho seria nosso arrependimento?
imagine se após nossa partida,
esse muro se desfizesse
e nos revelasse o que havia do outro lado.
imagine, então, que do outro lado
víssemos todas as pessoas que nos quiseram bem,
aquelas que queriam nos mostrar um outro mundo,
e que não tiveram a chance de nos apresentar,
à sua maneira, a felicidade.
sim! porque a felicidade tem várias maneiras!
ela se apresenta em sua vida em pessoas,
em objetos, em músicas, em flores,
em dias, em fotos, em nuvens, em cores.
o grande problema é que as pessoas
não sabem aproveitar a felicidade em pedaços.
elas querem-na inteirinha e de uma só vez!
desta forma, não há como ser feliz...
as pessoas não pulam o muro,
porque é mais fácil
esperar da vida a felicidade,
recusando-a hora após hora
e culpar o mundo por ser injusto,
do que aceitá-la em prestações,
sem saber se no final
nossas expectativas serão supridas.
dessa forma, não há arrependimento algum.

QUANTO MAIS EU VIVO, MENOS EU ENTENDO A LÓGICA DA VIDA!

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

INVERSÃO

estou ardendo em lágrimas
secas que não saem de dentro
de mim. ao contrário,
elas se acumulam e fervem,
tomando todo o meu corpo.
sou uma fonte de lágrimas
que não transbordam, não
fluem, não secam, uma fonte
enguiçada, que finge adormecer
tranqüila... sou a mentira da vida!
tenho aceitado o que me dão,
e não encontro forças para dizer “não”.
não corro atrás do que me falta.
não durmo, nem acordo.
não mato e não morro.
estagnação ou resignação?
não sei...
mas é uma dor quase ausente,
tão sutil que, às vezes, a gente nem nota,
não tem certeza se sente,
mas está lá, presente
como uma oculta e traiçoeira serpente,
que em seu ardil espera a hora do bote,
um momento ideal:
como aquele em que se está cansado, descalço,
sentado embaixo de uma frondosa árvore
em busca de um pouco de paz e repouso.
é sobre a dor do veneno que me refiro.
não sou, exatamente, uma fonte de lágrimas,
estou mais para serpente.
temo ser eu o veneno!...

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

MEU CORAÇÃO TORNOU-SE UM PONTO DE INTERROGAÇÃO.

ÂNSIA

um dia eu vou escrever um poema de amor.
mas não de um amor qualquer...
será um amor desses, de chorar ao dizer “eu te amo!”,
desses, de sofrer de imaginar a separação.
desses, loucos e apaixonados,
desses, de só no olhar, entender tudo.
desses, de ter certeza de estar amando,
desses, de ser amado de volta.
sem disfarces, sem rodeios,
desses, que existem iniludívelmente...
INICIANDO-SE NO SEXO