domingo, 16 de abril de 2006

CUIDADO!

engulo seco, prendo o ar,
fecho os olhos,
e prá não chorar,
finjo que morri um pouco.
a desilusão, em lágrimas, tenta se esvair,
mas eu travo,
não deixo o rio correr,
como que querendo guardar o sofrer
para lembrar de tomar mais cuidado:
com o próximo passeio noturno,
com a próxima garrafa de vinho,
com o próximo sorriso malandro,
com a próxima curva do caminho.

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