sexta-feira, 7 de abril de 2006

HOJE, PARTICULARMENTE, SINTO ESTAR MORRENDO MAIS RÁPIDO DO QUE NOS OUTROS DIAS...

2 comentários:

  1. Anônimo7/4/06 23:32

    Estou escrevendo, trabalhando numa peça, para adolescentes, com adolescentes, e de repente me flagrei trintão na boca de um personagem-moleque. Lendo sobre suas tentativas, desejei tentar. Fico vendo suas fotos de chamada. Orkut: um sorriso que avança; blog, um olhar que desvia, alto. E fico me perguntando onde as duas imagens se juntam.
    Um trecho do texto.

    "O que me move é o medo de ficar parado. Gosto da frase pelo efeito. O gosto da frase. Não recuar. É isso: não recuar diante do inevitável. Deve existir de fato uma saída. Busco um sentido para cada ato, cada gesto e ao fim me sinto um babaca catando os pedaços de mim num palavrório em fuga. Estou sempre em fuga: (atira com o dedo, ri, como se o alvo fosse um espelho) talvez esse gesto te alcance. Nenhuma palavra é encantada o suficiente para renomear as coisas de que quero me apartar. Mas não posso escapar. Um impulso me traz de volta a tudo isso. Como um destino, do qual duvido, mas no qual me atiro, como se pusesse algo à prova. Como se desafiasse o infinito no momento mesmo em que ele se abre em mim. Nos meus olhos molhados de noite e de medo. Meu gesto intransigente diante do que não entendo, caindo em vertigem. Sou o que cai e o que assiste a queda. Mas o movimento que ensaio se esvai no ar no momento mesmo em que tento fixa-lo. E às vezes me dói a sensação, também ela passageira, de que se me aparto de algo, é de mim que me aparto."

    Beijo.

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  2. Anônimo9/4/06 00:12

    Para as limitações, só há sutilezas.
    Para as sutilezas, não há limitações.

    Um ciclo de catástrofe não se fecha,
    porque não existe.

    Abraços.

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