se a solidão tivesse um fio cortante,
meu peito estaria despedaçado.
essa angústia me arruína
como um furacão em seu auge de fúria.
não é nada fácil estar sozinho...
a dor nunca acaba...
preciso de um limpador para almas enegrecidas
e um colírio para meus olhos vermelhos de chorar.
preciso de alguém que me ame,
que me aceite com todos meus limites,
e que apesar de todos meus defeitos,
diga-me “eu te amo” como jamais antes ouvi.
preciso que a solidão fique cega
e que nunca mais encontre o caminho para meu quarto.
quero voltar à vida,
porque sem amor e sem amar,
sinto-me trancado num caixão apertado.
Bom, isso: "Na dúvida, fôda!"
ResponderExcluirDe um poeta do Espírito Santo, Valdo Motta:
"AS BRINCADEIRAS SÉRIAS
Por amor, sou aio e amo
de quem amo, e o persigo,
me abomino na lama,
enfrento quelaquer perigo.
Se amo mesmo quem amo
sou meu próprio inimigo,
pois matei o que morreu
em mim ao me dar sem dó
à mó que moeu meu eu.
Só pode amar quem moeu
seu eu na amorosa mó,
e desse pó renasceu."