terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

FALTA DE AR

entre olhares ainda não trocados, a ânsia.
entre palavras ainda não proferidas, a procura.
ando por ruas enfestadas de seres humanos
são sempre as mesmas ruas...
mas nenhuma visão de alguém que valha a pena!
não haveria coração disparado
não fossem meus passos curtos e rápidos.
não há ninguém
mas há falta de ar
a mesma que eu sentiria se encontrasse o tal eleito
que nunca se candidata...
a natureza foi, de certo ponto, caprichosa demais comigo:
deu-me um coração sedento por paixões
mas, em contrapartida, me colocou num mundo repleto de hipocrisia,
onde os valores morais se deturpam,
a medida em que sigo com meus curtos e rápidos passos
juntamente a minha falta de ar...
madrasta má-natureza!...
ensina-me logo o que devo aprender com tudo isso!
preciso somente uma vez respirar aliviado...

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