quarta-feira, 19 de abril de 2006

DOR DE AMOR

fantasmas permeiam meu mundo
medos, que como moribundos
teimam em me atormentar.

a felicidade sempre passa por mim
me acorda, se mostra, e no fim
ameaça, por nada, me deixar.

nessas horas a angústia, minha amiga,
desenterra qualquer coisa muito antiga
e me traz a dor de relembrar

de amores que nunca tem final
porque o medo no estado terminal
não deixa o que é novo começar.

sem fim por não ter simples começo
de minha triste história me compadeço
e vivo um viver de chorar.

quem sabe um dia todo esse monte de dor
ceda lugar para um destemido amor
que me faça, de novo, na vida acreditar.

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