domingo, 16 de abril de 2006

ANTES

arranque do meu âmago
toda a podridão,
lave minh’alma
com tuas lágrimas
e me devolva à vida.

aceite o meu mundo
e durma ao meu lado.
seja minha droga,
meu castigo,
minha sina,
meu pecado.

brinque com meus sentidos,
tire-me do sério.
assopre minhas costas,
beije meu pescoço
e, depois, goze comigo.
mas antes...

arranque do meu âmago
toda a podridão,
lave minh’alma
com tuas lágrimas
e me devolva à vida.

2 comentários:

  1. "O amor é doloroso porque cria o caminho para a bem-aventurança, é doloroso porque transforma; amor é mutação. Cada transformação será dolorosa, porque o velho precisa ser abandonado em prol do novo. O velho é familiar, seguro, certo, e o novo é absolutamente desconhecido. Você estará se movendo num oceano inexplorado. Com o novo, você não pode usar a mente; com o velho, a mente é habilidosa. A mente pode funcionar somente com o velho; com o novo, a mente é completamente inútil.
    Daí surgir o medo. E, ao abandonar o mundo velho, confortável, seguro, o mundo da conveniência, surge a dor. Trata-se da mesma dor que a criança sente quando sai do útero da mãe, da mesma dor que o pássaro sente quando sai do ovo, da mesma dor que aquele pássaro sentirá quando tentar voar pela primeira vez. O medo do desconhecido e a segurança do conhecido; a insegurança do desconhecido e a imprevisibilidade do desconhecido deixam a pessoa muito amedrontada.
    E, pelo fato de a transformação ser do ego para um estado de ausência de ego, a agonia é muito profunda. Mas não se pode ter êxtase sem passar pela agonia. Se o ouro quiser ser purificado, precisará passar pelo fogo.
    O amor é o fogo." (OSHO)

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